A seguir serão apresentadas as evidêncas principais, sendo precedidas por capítulos com o histórico e desenvolvimento da NASA, que culminaram com a farsa da ida de homens à Lua. Todos fatos narrados sõo acompanhados das sua fontes ou acompanhados de fotos ou imagens oficiais oriundas da NASA ou de outras origens confiáveis. Acrescentadas mais evidências da farsa em outubro de 2023.
Neste capítulo mostraremos detalhes das supostas viagens à Lua, que chamam a atenção pela complexidade. Eis um comentário a respeito da dificuldade:
Em um capítulo anterior mostramos que foi publicado em 1960 um livro com a ideia de von Braun sobre uma missão tripulada à Lua. Podemos observar que apesar de ser apenas uma espécie de rascunho, as naves deveriam sempre avançar continuamente ao objetivo, sem grandes manobras. Ao contrário disso, o Programa Apollo na sua versão final incluiu algumas manobras espetaculares nunca testadas que deveriam ser executadas pela primeira vez em pleno voo de ida ou de volta da Lua, como será detalhado a seguir.
O lançamento da Apollo 11 com um enorme foguete Saturno V de três estágios foi um acontecimento histórico. Provavelmente muitas pessoas acreditam que o foguete Saturno V teria levado os astronautas da Apollo 11 e seguintes até próximo à Lua, mas isso não aconteceu.Os 1º e 2º estágios do foguete Saturno V foram descartados depois de consumirem seus combustíveis, ainda na atmosfera terrestre. Na ponta do foguete estava o sistema de escape no lançamento, que poderia salvar a tripulação em uma emergência e quando não há emergência esse sistema deve ser descartado, o que não é uma operação simples. A seguir vamos mostrar a sequência da missão após esse sistema ter sido descartado.
Segundo a NASA, o conjunto visto na figura abaixo, do 3° estágio montado com os três módulos, LM, SM e CM, entrou em órbita ao redor da Terra. Depois o conjunto aumentou a velocidade para 40.000 km/h (25.000 milhas/h) e saiu da órbita terrestre.
Conforme foi descrito em outro capítulo, ao chegar a menos de 1% da distância entre a Terra e a Lua, o motor do terceiro estágio seria desligado e o terceiro estágio apenas acompanharia brevemente o conjunto de módulos até ser descartado, enquanto os módulos continuaram a trajetória para a Lua. Essa complicada manobra será detalhada a seguir.
Um vídeo antigo com animações do voo à Lua, ida e volta
O vídeo NASA Apollo Animation contém a parte final do vídeo Mission to the moon [motion picture] : Project Apollo de 1966, mostrando a trajetória das missões Apollo 11 e seguintes, que teriam ido à Lua e depois retornado.2
Segundo o vídeo, após o conjunto citado ter saído de órbita terrestre, houve uma explosão que removeu as suas placas laterais (também existem vídeos com a versão em que as placas laterais somente se abriram, sem se separarem do SM). Em seguida, a nave composta pelo SM e CM foi separada do 3º estágio do foguete Saturno V e se adiantou um pouco para poder manobrar, conforme mostra a cena a seguir:
Depois houve as manobras vistas nas duas imagens anteriores, na qual a nave separada girou 180°, se acoplou ao LM e esse conjunto se separou do 3º estágio do foguete Saturno V, que foi descartado.
O vídeo não mostra nenhum mecanismo de acoplamento e não há informação sobre como o LM estava preso no 3º estágio, se é que estava preso. Segundo a NASA, o impulso dado pelo 3º estágio foi suficiente para levar o conjunto até próximo da Lua com os astronautas. Após cerca de 75 h de voo, eles entraram em uma órbita lunar.
Segundo o vídeo, após entrar em órbita lunar, dois astronautas saíram do CM e foram para o LM, conforme a imagem acima. Para passar de um módulo para outro é necessário remover os mecanismos de acoplamento.
Segundo mostram as duas fotos do vídeo, o LM depois se separou continuou em órbita lunar com os dois astronautas e executou um giro de 180°. Depois o LM entrou em uma órbita não concêntrica com a Lua, para começar a manobra de descida na Lua.
Segundo o vídeo, o LM desceu em um voo até uma certa altura e a partir daí continuou voando quase horizontalmente. Quando foi encontrado um local apropriado para pousar, o LM foi manobrado para ficar em posição vertical, em seguida desceu verticalmente e pousou, como mostra a imagem acima. Nas horas seguintes, os astronautas desceram na Lua, executaram algumas tarefas e depois entraram no LM para voltarem.
As fotos acima mostram o ascent stage, decolando e depois se aproximando da nave composta do CM + SM, após a sua reentrada em órbita, pouco antes de realizar o acoplamento. Após o acoplamento, os dois astronautas passaram para o CM e o ascent stage foi descartado.
Segundo o vídeo, o conjunto do CM + SM após completarem uma órbita teve seu propulsor maior acionado para iniciar o retorno à Terra.
Segundo as fotos tiradas do vídeo, após chegar próximo à Terra, o CM se separou do SM, que foi descartado. Não há informação sobre como o CM estava preso no SM, se é que estava preso. O CM girou até atingir a posição ideal para descer atravessando a atmosfera terrestre. Nota-se que a parte de cima tem uma tampa cônica, enquanto nas fotos posteriores aparece uma tampa plana, como será mostrado no próximo capítulo.
Segundo a versão da NASA, o CM desceu de uma grande altitude em queda livre em alta velocidade. A parte de baixo foi construída de material próprio para suportar um grande aumento de temperatura, previsto para acontecer durante a descida. Ao se aproximar da superfície terrestre, foram acionados os paraquedas, como será mostrado no próximo capítulo.
O método com uma estação espacial
O foguete Saturno V não apresentava muitas diferenças técnicas importantes em relação aos outros foguetes existentes na época. Se na época houvesse uma grande estação espacial, como a da próxima ilustração, orbitando ao redor da Terra de onde partissem as naves para a Lua e depois retornassem até a estação, muita coisa poderia ser simplificada.
Não haveria manobras de giro e acoplamento do conjunto de módulos, nem seria necessário levar paraquedas e outros componentes até perto da Lua e depois retornar com eles, para somente serem usados no pouso na Terra. Os astronautas poderiam ser levados até a estação por um foguete como o usado no projeto Gemini. O problema é que levaria alguns anos até a estação ser projetada e construída. Haveria também outro problema, envolvendo os gastos.
O programa Apollo provocou grandes despesas, sem ter um objetivo prático, somente com grande desperdício de dinheiro, mesmo sem ninguém ter ido à Lua. Podemos supor que o dinheiro teria sido melhor empregado se fosse destinado a programas de planejamento familiar, que seriam promovidos em diversos países, comandados por algum órgão internacional. Consideramos o panejamento familiar como um conjunto de ações que auxiliam homens e mulheres a planejar a chegada dos filhos e também a prevenir gravidez indesejada. Podemos notar que o planejamento não se restringe às famílias organizadas, sendo mais abrangente e tem sido bem recebido por toda população que o tem disponível. Nos dias de hoje (2023), o resultado já estaria sendo observado, sem a miséria espalhada por vários países e com menos poluição. Outra possibilidade de gastar melhor o dinheiro seria usá-lo para criar alternativas ao consumo de proteínas de origem animal, com mais pesquisas sobre as proteínas de origem vegetal para seres humanos. O dinheiro também seria melhor aproveitado se fosse gasto para orientar os eleitores a votar em candidatos que pretendem reduzir o endividamento público e os gastos militares.
O rendez-vous espacial não orbital
Vamos chamar a manobra de acoplagem supostamente realizada após a separação por explosão, de rendez-vous espacial não orbital e vamos mostrar que ela era muito problemática. Primeiramente apresentamos as características de um rendez-vous espacial, que se pressupõe seja orbital:
O rendez-vous espacial não orbital, ao contrário do orbital, não permite várias tentativas de aproximação, por ser executado após as naves saírem da órbita terrestre, se afastando da Terra a 40.000 km/h, com redução gradativa da força de gravidade terrestre, tendo consequências imprevisíveis na tentativa de manter as naves próximas. Esse rendez-vous espacial não orbital apresenta duas maneiras de execução completamente diferentes. A versão com as naves seguindo alinhadas em relação à direção do voo foi mostrada na descrição feita com as cenas do vídeo e também aparece na imagem a seguir:
Ao contrário dessa versão das manobras, as duas ilustrações da NASA a seguir mostram as manobras executadas com as naves sempre inclinadas.
A seguir temos uma foto tirada de um vídeo da NASA, de 1963, mostrando uma ideia, não muito prática, de evitar os problemas do rendez-vous espacial não orbital. A manobra seria feita com uma enorme alavanca que daria um giro de 180°. Lembramos que nessa época outros componentes da missão já estavam sendo implementados.
As versões sobre a descida do LM na Lua
Existem mais de uma versão oficial sobre a descida do LM na Lua, sendo mais um indício de que isso não aconteceu. Além da descida vertical descrita na cena do vídeo Mission to the Moon existem outras versões.
As duas imagens acima apareceram no jornal N. Y. Times, de 1969, na reportagem sobre a missão Apollo 11, mostrando o LM descendo com inclinações diferentes e tocando no solo ainda inclinado.4
A imagem acima é da NASA, mostrando o LM descendo inclinado, mas pousando no solo na posição vertical. Essa descida aparentemente é a mais lógica, mas ao se aproximar do solo a nave criaria uma instabilidade provocada pelo retorno de parte dos jatos emitidos, ao se chocarem com o solo, causando a perda de controle da nave.
Na foto acima, feita em estúdio, com o LM sendo manobrado por meio de cabos de sustentação, representando como seria a descida real, o LM também desceu lateralmente como na imagem anterior, mas sempre se mantendo na posição vertical.
Na foto há um rastro que só seria formado se a nave tivesse voado horizontalmente até a haste tocar no solo e dobrar, para então o LM pousar (com colisão).
Acima temos quatro imagens do vídeo do YouTube: Apollo11 Lunar Landing July 20, 1969, com os últimos 3 seg antes do pouso na Lua. Tanto o tamanho das duas pedras no solo como a distância entre elas mudam pouco com o passar dos segundos, mas elas vão mudando de posição em relação ao LM, indicando um voo horizontal. Esse pouso terminaria com uma colisão no solo, que colocaria em risco os astronautas.
A Grumman e o Projeto Apollo
Após a decisão oficial de enviar homens à Lua, a NASA cancelou os projetos que estavam sendo desenvolvidos e elaborou uma solicitação de proposta (request for proposal) detalhando minuciosamente como deveriam ser cada nave. Em jul. 1961 essa licitação foi anunciada para as indústrias, que começaram a planejar seus projetos e procuraram se aproximar de outras empresas especializadas visando obter colaboração e a Grumman também agiu dessa forma.
Diante de todas exigências da licitação e da grandiosidade do projeto, os controladores da empresa desistiram de participar, porque o investimento necessário seria muito elevado. Al Munier informou isso, mas o já citado engenheiro Thomas Kelly ficou contrariado, dizendo que ele e os projetistas da companhia “conheciam mais sobre como fazer o Projeto Apollo e desenhar as espaçonaves do que qualquer pessoa”. Munier argumentou que insistir nisso seria o mesmo que apostar a companhia no que mais parecia ficção científica. E concluiu: “A maioria das pessoas na companhia pensa que nós todos estamos doidos”. Entre outras coisas, Kelly disse: “Nós podemos ir à Lua”. No dia seguinte, Joseph 'Joe' Gavin, vice-presidente da Grumman e diretor do projeto, reuniu os participantes e disse que ao insistir naquilo eles arriscariam toda a companhia e também os empregos em um só projeto e concluiu: “Se a companhia falhar nesse projeto, ela nunca mais vai se recuperar”.
Uma semana depois, Gavin reuniu novamente o grupo e anunciou que a GE estava preparando os seus próprios projetos para participar da licitação da NASA e pretendia transferir para a Grumman a tarefa de desenvolver o Módulo de Comando (CM), como subcontratada. Kelly se juntou a cientistas da GE para debater algumas questões, mas isso não teve continuidade, pois a GE não foi selecionada.
A política de ‘deixar alguma incorreção’ da NAA
Em 28 nov. 1961 a NASA anunciou que a North American Aviation (NAA) ganhou o contrato para fabricar o CM. Para executar todas as tarefas que tinha ganho em licitações, a NAA terceirizou algumas partes dos projetos. Mesmo assim, em 1963 chegou a ter mais de 90.000 funcionários, sendo 3.300 engenheiros sob a responsabilidade de Harrison Storms, que disse o seguinte:
Esses comentários foram publicados em um livro de 1964, mas o conjunto SM + CM começou a ser fabricado mesmo com essas incertezas. Foram feitas algumas modificações depois do acidente de 1967, mas as experiências obtidas através do Projeto Gemini não foram significativas para outras mudanças. Algumas características já estavam definidas para o CM desde 1962:
A seguir temos um comentário de von Braun:
Os fatos que estamos mostrando indicam que na verdade o contribuinte não teve seu dinheiro bem empregado.
,br>Segundo a NASA, o CM foi testado com sucesso na missão Apollo 7, que foi lançada ao espaço em 11 out. 1968, através de um foguete Saturno 1-B. Foi a primeira missão Apollo tripulada, levando três astronautas. Segundo a NASA, a tripulação do CM realizou 163 órbitas terrestres em pouco mais de 10 dias e 20h, tendo alcançado a altura máxima (apogeu) de 297 km. Durante a missão foi realizado um exercício de aproximação ao último estágio do foguete.
Dúvidas sobre outras manobras
A imagem à esquerda ilustra o sistema de emergência, que precisa ser descartado em um voo normal. Para se acoplar ao LM, o CM tem o sistema de acoplamento mostrado na imagem do meio. Depois esse sistema tem de ser retirado, para que, de alguma forma, tenha uma passagem para os dois astronautas passarem para o LM, conforme ilustra a imagem da direita. Não temos informações de como os dois módulos permanecem unidos nessa situação. Depois o sistema de acoplamento deve ser recolocado, para o ascent stage se acoplar ao CM, após o retorno da Lua. O sistema de acoplamento deve ser retirado novamente, para os dois astronautas voltarem ao CM.
Após os dois astronautas voltarem ao CM, não há mais necessidade do sistema de acoplamento e no local deve ser colocada uma tampa, não sabemos como isso tudo pode ser feito, mas uma tampa aparece na ilustração da NASA de 1968, vista acima, no lado esquerdo. Nessa imagem a tampa é reta, mas em um capítulo anterior mostramos que existia uma versão com a tampa cônica. Podemos notar que na parte inferior não existe nenhuma boia em volta do CM, mesmo porque, com essa parte ficando incandescente, a boia se queimaria. Com a descida em alta velocidade, o CM se tornaria incandescente, como destaca a imagem do lado direito.
Depois, deveriam ser acionados os paraquedas, como ilustra a imagem acima. Como aconteceu em outros eventos da suposta ida à Lua, o acionamento dos paraquedas também teve mais de uma versão. No já citado vídeo Apollo Lunar Mission Concept, de 1963, aparecem dois tipos de paraquedas em sequência, semelhante ao que foi mostrado em outro capítulo, na descida da cápsula do Projeto Mercury. No vídeo citado, de algum modo, os paraquedas deveriam sair do local onde estaria a tampa. O CM pousaria no solo terrestre, os paraquedas pousariam no solo ao lado e não apareceria nenhuma boia.
Ao pousar no mar os paraquedas não aparecem, mas aparecem as boias, como mostra a foto acima, do CM da Apollo 11 (detalhe de uma foto da NASA). Pelo modo como a boia inferior aparece fixada no CM, ela deveria estar o tempo todo no local, mas isso não poderia acontecer, como já comentamos.
Estudos sobre as acomodações dos astronautas
No Programa Apollo nada sobrou da ideia extravagante de von Braun publicada em 1952 de levar 50 astronautas em grandes acomodações na primeira viagem à Lua, nem da ideia dele de construir uma enorme base lá, pois o CM mal permitia que os astronautas se movessem. O CM seria considerado até grande se fosse usado apenas para a descida vindo da órbita terrestre após retornar da Lua, mas pode ser considerado pequeno para manter em condições razoáveis os astronautas por alguns dias durante a missão.
A seguir temos um estudo de 1960, do grupo de Robert Gilruth, na NASA, sobre as posições de três astronautas dentro do Módulo de Comando. O estudo não previa espaço para tudo que seria necessário para a viagem.
Acrescentamos uma seta mostrando o local que foi reservado para ser algo como um banheiro improvisado.
Os engenheiros da NAA apresentaram em 1960 o modelo do CM feito em madeira que aparece em corte na imagem a seguir:
Cada assento poderia se transformar em uma cama atrás onde o astronauta dormiria, havendo revezamento a cada 8 horas.
As acomodações definitivas do CM
A seguir temos duas imagens da NASA, mostrando as acomodações do módulo de comando consideradas definitivas. No lado esquerdo, aparecem as acomodações para os três astronautas, que estão elevadas em relação à parte de baixo do módulo. Essas acomodações podem ficar planas para servirem de camas. No lado direito aparece o que denominaram conjunto de higiene.
O texto informa que, para recolher os dejetos dos astronautas, foram usados sacos e tubulações especiais. Dessa forma, não existe algo como um banheiro nesse módulo.
Eles afirmam que as missões aconteceram
Houve uma evolução posterior na questão da permanência no espaço, principalmente envolvendo os EUA e a Rússia, que resultaram na criação de estações espaciais em órbitas terrestres nas quais alguns astronautas permaneceram até por mais de um ano. Por outro lado, os órgãos governamentais dos EUA e a maior parte dos meios de comunicação continuam afirmando que as missões aconteceram. Muitas publicações também afirmam isso. Além disso, surgiram empresas particulares que planejam diversos tipos de voos espaciais tripulados, sem nunca questionar os voos do Programa Apollo.
Baseado em tudo que foi descrito até aqui, junto com as fraudes mencionadas por outros autores, podemos considerar que nenhum CM saiu além da órbita terrestre. Para sair desse impasse, seria interessante seguir os exemplos citados em outro capítulo, sobre como os antigos reagiam ao ouvir rumores sobre os primeiros voos de aviões: eles queriam que fossem feitas demonstrações públicas. Para se ter uma pequena noção sobre uma parte das dificuldades de uma ida à Lua, poderia ser feita uma réplica despojada do CM. Nessa réplica, três civis convenientemente treinados seriam confinados, em Terra firme, por um tempo igual ao da duração de uma missão Apollo, baseado no que se sabe sobre como proceder durante esse período. Na medida do possível, poderia ser seguida a rotina que os astronautas supostamente mantiveram durante a missão.
A Grumman e o LM
Em nov. 1961, após a NASA anunciar que a NAA havia sido selecionada para implementar o CM, os engenheiros da Grumman que projetavam sua versão do CM ficaram abatidos. Entretanto, eles decidiram usar os seus estudos sobre o LOR para tentar alguma aproximação com a NASA. Em jan. 1962 a NASA assinou um contrato com a Bell Aerosystems para a fabricação da nave de testes LLRV, sobre a qual comentaremos mais adiante. Depois de perder a oportunidade de fabricar o CM, a Grumman passou a se concentrar em elaborar projetos para a fabricação do Módulo Lunar (LM), considerando que o mesmo deveria ter condições de pousar na Lua e depois entrar em órbita lunar para se acoplar ao CM, ou seja, usando o LOR.Ainda em janeiro, Grant Hedrick, que trabalhava na Grumman, conseguiu marcar uma reunião com seu amigo Bob Gilruth, com quem trabalhara junto anos antes, com o objetivo de apresentar os projetos da empresa para a NASA. A reunião aconteceu e foi possível aos representantes da Grumman verificar que, comparando os projetos, sua versão do LM, designado Lander, era semelhante ao que a NASA projetava com a sigla LEM. Ainda em janeiro, a empresa competiu em um funded study (estudo financiado) sobre o LOR e o LM, mas a empresa Convair foi a vencedora e recebeu uma quantia da NASA para apresentar um estudo de quatro meses. Nessa época Shea começava a se destacar nas tomadas de decisões, como mostra o texto abaixo:
A NASA continuou a desenvolver seus próprios projetos do LM através do Manned Spacecraft Center, liderado pelo engenheiro William Rector. Ele começou a definir os subsistemas do LM: propulsão, orientação e controle, controle de reação, energia elétrica e instrumentação.2
Em 31 de mai. 1962 von Braun foi consultado por especialistas da NASA sobre como acomodar o LM no foguete Saturno. Em 7 de junho desse ano houve uma reunião da NASA em Huntsville com a presença de Shea e von Braun e de outros dirigentes, para escolher, entre LOR, EOR e direct ascent, o método de voo para as missões tripuladas da Apollo. Nessa reunião von Braun aderiu ao LOR (lunar orbit rendez-vous), abandonando o EOR, que até então considerava melhor. Ele citou alguns argumentos conhecidos e acrescentou que antes era contra porque achava o LOR uma manobra arriscada, mas que mudou de ideia diante dos avanços nos projetos a esse respeito. Contudo, a realidade era outra, pois apesar de terem surgido algumas ideias, não foi encontrada qualquer solução para a citada manobra deixar de ser perigosa. Nessa época a NASA já devia ter um plano com toda trajetória de ida e volta à Lua usando o LOR, incluindo outras manobras arriscadas e inviáveis, como foi detalhado em outro capítulo. Em julho desse ano a Grumman, apresentou novamente seus projetos à NASA através de seus representantes, sendo atendidos por Shea que fez muitos questionamentos e no final se mostrou satisfeito.
Em jul. 1962, a NASA anunciou que havia selecionado o LOR para a missão Apollo e que em seguida iria selecionar uma empresa para a implementação do LM. A licitação foi apresentada em julho para onze empresas e nove delas responderam. Mesmo com a decisão da NASA, a controvérsia sobre o LOR continuou. Houve comentários de que, para aderir ao LOR (não participando dos projetos dos módulos), von Braun receberia como contrapartida a tarefa de projetar veículos para atuarem na Lua, mas ele negou isso. A NASA considerou que tanto o planejamento da missão como os requerimentos técnicos para o LM ainda estavam muito incertos e isso era motivo para não comprar algum dos possíveis projetos apresentados. Fizeram avaliações sobre a capacidade das empresas e sobre a aproximação com os seus próprios projetos. A NASA não iria comprar o projeto do contratado e sim desenvolveria o projeto preliminar do LM junto com os engenheiros da empresa selecionada.
No final de 1962 a NASA tinha planos de fazer testes do sistema de propulsão do LM em terra e também testá-lo sendo lançado de um foguete Little Joe II. Desde o início do contrato com a Grumman até a entrega do primeiro LM os técnicos da NASA ressaltavam frequentemente a necessidade de fazer testes de voo. Isso não foi feito, porque os motores apresentaram problemas continuamente, como será explicado.3
Em 7 nov. 1962 o presidente da NASA, James Webb, anunciou que a Grumman foi selecionada para construir o LM e a empresa foi chamada em seguida para iniciar negociações. Depois de preparar todos os requisitos exigidos pela NASA, em fev. 1963 a Grumman foi aprovada para implementar o LM, observando as exigências, que estabeleciam a colaboração e revisões diretas da própria NASA. (Segundo alguns autores, a NASA autorizou a Grumman a começar a desenvolver o LM em jan. 1963 e o contrato final foi assinado em março). Kelly passou a comandar o grupo de engenheiros que trabalhavam no projeto, e o número total deles chegou a três mil.
A partir de set. 1963 Shea começou a comandar, de fato, o Programa Apollo e a fiscalizar ainda mais o desenvolvimento do LM, junto com o engenheiro Owen Maynard. Kelly mencionou como atuavam na Grumman em 1963: “nós usamos a nossa ingenuidade e imaginação para dar forma à nossa exótica espaçonave” (há semelhança com o que foi descrito sobre a NAA). Eis um texto sobre a terceirização do LM:
Os problemas do LM
Entre 1963 e começo de 1964, os propulsores do ascent stage, desenvolvidos pela Bell e que tinham um sistema alimentado por pressão usando combustível hipergólico (de autoignição), apresentaram problemas nos testes, devido à corrosão causada pelo combustível, entretanto isso foi considerado tolerável. Nessa época foi constatado que a Grumman e a Bell estavam seguindo normas de segurança obsoletas. Usando testes apropriados, envolvendo a entrada de combustível para a câmara de combustão, o motor do ascent stage ‘ficou instável’ (não retornou à operação normal), com danos estruturais.5
O projeto do descent stage previa usar um motor de combustível hipergólico regulável nunca antes projetado para voos espaciais tripulados. A Rocketdyne propôs projetar um sistema com uma solução próxima a isso, entretanto em março de 1963 a Grumman selecionou a empresa STL para fabricar esse motor. Contrariando essa decisão, a NASA determinou que o fabricante ainda seria decidido entre a STL e a Rocketdyne. Depois de muitas confabulações, em 5 jan. 1965 a Grumman escolheu a Rocketdyne. Em 18 jan. 1965 um comitê que já estava formado na NASA para decidir a questão, contrariou novamente a decisão da Grumman e escolheu a STL.6
O comentário anterior, sem datas precisas, informa (com outras palavras) que os thrusters montados no LM eram problemáticos e ineficientes e assim mesmo foram mantidos até o final.
Em 1964 Kelly pediu a Shea melhores definições da missão lunar, sendo orientado para que ele mesmo providenciasse a respeito. Kelly procurou fazer isso criando um grupo com os outros contratados para juntos definirem suas atribuições no Programa Apollo. Essa definição aparentemente deveria ser feita exclusivamente pela NASA, entretanto, como vimos, em diversas vezes houve acúmulos e sobreposições de funções das partes encarregadas de projetar, construir e supervisionar o LM. Toda essa movimentação envolvia opiniões de diversos especialistas (exceto von Braun) sobre os diversos problemas do LM. Entre as mudanças determinadas por Shea, podemos citar que em 1965 o projeto do sistema de energia interna do LM, que seria através de células de combustível, foi mudado para baterias que eram um sistema mais simples e conhecido, embora mais pesado.
Esse texto informa que o motor do ascent stage tinha defeitos graves, entretanto não afirma que o problema foi realmente solucionado. Os projetos do LM estavam distribuídos entre a Grumman, a NASA e outras empresas e essa dispersão não estava sendo proveitosa. Entre os participantes do projeto, a capacidade de voar dos dois estágios do LM era tratada como uma questão já resolvida, mas isso era apenas uma espécie de acordo entre eles. As autoridades superiores do governo devem ter notado todos os problemas citados. Os conceitos gerais dos módulos já estavam definidos e provavelmente não agradaram a essas autoridades.
A Grumman estava otimista em 1965
A Grumman em nov. 1965 publicou em uma revista um anúncio otimista de duas páginas com o título Grumman‘s Across-the-Board Space Capabilities: 1965-1975 (Capacidades espaciais gerais da Grumman: 1965-1975). O anúncio tinha uma grande foto do LM e um diagrama de uma trajetória orbital. O texto mencionou que muitas ampliações do trabalho da empresa na época "seriam usadas em missões futuras para viagens às bases lunares para lançamento de plataformas planetárias", podendo incluir "missões a Marte e estações espaciais orbitais". O texto citou que as "bases interplanetárias estacionárias há muito capturaram a imaginação de cientistas e engenheiros espaciais" e "a mecânica final de tais bases estratégicas está passando por um longo e cuidadoso escrutínio pela Grumman".
Problemas com o primeiro LM
Cada LM tinha suas próprias características. As naves destinadas a voos não tripulados, mesmo estando perfeitas, não poderiam ser usadas para voos tripulados. O primeiro Módulo Lunar, o LM-1, foi construído exclusivamente para a missão Apollo 5. Em 21 jun. 1967, o Marshall Space Flight Center da NASA, recebeu o LM-1 (visando montá-lo no foguete Saturno V). Com a supervisão do diretor, o engenheiro coronel Rocco Petrone, os técnicos fizeram testes no sistema de propulsão, que teve vazamento e apresentou outros problemas graves e foi reprovado. No dia seguinte, Petrone se encontrou com George Skula, diretor da Grumman, e disse sobre o LM-1, entre outras coisas, que aquilo era sucata, refugo. Naquele momento Skula argumentou defensivamente, mas ao retornar para sua empresa, disse que Petrone estava certo e que deveriam corrigir os erros. Depois Skula ligou para Kelly dizendo, entre outras coisas, que Kelly “desgraçou a companhia Grumman” e “fez a vida dele ficar miserável”.9
Podemos supor que as outras empresas, até mais capacitadas, que participaram das licitações para implementar o LM, podem ter achado inviável a performance que a NASA exigia das naves e não se dispuseram a investir grandes somas nisso. A Grumman provavelmente confiou no otimismo contagiante de von Braun e de Kelly. Os itens problemáticos do LM também incluíam componentes de fornecedores, que como foi descrito anteriormente, tinham problemas crônicos e esses fornecedores somente poderiam tentar corrigir os defeitos novamente.
A encenação
Alguns dias depois da rejeição, o LM-1 foi aprovado por autoridades da NASA superiores a Petrone. Eis um texto sobre isso:
Esses acontecimentos logo após a reprovação do LM-1 reforça a hipótese de que houve apenas encenações das missões Apollo. Nota-se que o LM foi problemático durante anos, mas foi aprovado por Gilruth poucos dias depois de ter sido reprovado por Petrone.
Podemos supor que os outros engenheiros da Grumman que trabalharam para o Projeto Apollo e tinham posições hierárquicas iguais ou superiores à de Kelly, ao ter uma visão geral de como tudo estava se encaminhando, preferiram sair da empresa ou mudar de função. Assim, não é estranho que Kelly tenha se tornado o engenheiro chefe do projeto. De certa forma, aconteceu algo semelhante ao que descrevemos sobre a carreira de Gilruth na NASA, mas com a diferença de que Kelly seguidamente afirmava sua convicção de que os homens iriam à Lua.
As primeiras missões do Programa Apollo com o LM
A partir de jan. 1968 o LM apareceu sem nenhum dos problemas citados nas missões Apollo 5, 9 e nas seguintes. Segundo a NASA, a Apollo 5 foi uma missão não tripulada, executada com um foguete Saturno 1-B e que testou o Módulo Lunar em jan. 1968. Após executar duas órbitas terrestres, o LM foi separado do foguete. Em seguida foi acionado o propulsor do descent stage e depois o do ascent stage, que se separou. Depois, esses dois estágios do LM foram descartados. Houve problemas técnicos que limitaram o tempo de voo previsto. Os RCS thrusters não foram acionados. As missões Apollo 4, 7 e 8 não usaram o LM. Em mar. 1969 houve a missão Apollo 9, descrita assim:
Segundo a NASA, tanto a Apollo 8 como a Apollo 10 fizeram viagens tripuladas até próximo à Lua e entraram em órbita lunar, retornando depois à Terra, sendo que a Apollo 10 teria feito testes de acoplamento com o LM em órbita lunar.
Um comentário sobre o Módulo Lunar(LM)
Em 1969, antes do lançamento da Apollo 9, Ray Pratt, um especialista comentando em nome da Grumman, mencionou o seguinte sobre o LM: “Ele não pode ser testado satisfatoriamente na atmosfera. Nós não estaremos certos sobre ele até que os astronautas voem nele em órbita”.12
O LM não foi testado em nenhum voo a partir do solo terrestre, aparentemente seguindo o raciocínio de Pratt, mas os reais motivos já foram descritos e serão comentados a seguir. Para os testes em terra, além de dois tipos de simuladores que não levantavam voo, foi criado o Lunar Landing Research Vehicle (LLRV), uma nave de teste totalmente despojada, de aspecto diferente do LM e que posteriormente teve alguns aperfeiçoamentos recebendo a denominação de LLTV Como essa nave conseguiu fazer alguns voos rudimentares, poderíamos supor que o LM também poderia, entretanto ele era ainda mais inseguro.
A insegurança do Módulo Lunar (LM)
Tendo sido decidido que as missões seriam apenas encenadas, não haveria motivo para fazer testes do LM na Terra. Se o objetivo, ao contrário, fosse de preparar as naves para realmente pousarem na Lua, essas experiências deveriam ser as primeiras a serem feitas, antes de qualquer definição de contratos. Citamos anteriormente dois relatórios do final da década de 50 alertando que “com o atual estado da arte alguma outra técnica terá que ser usada para um pouso lunar tripulado”. As experiências e estudos sobre voos feitos anteriormente não são aplicados para voos sem atmosfera e seriam necessários muitos testes práticos. Neste caso os testes seriam com o conceito de voo tanto do conjunto do LM como do ascent stage, que deveriam estar bem despojados, até sem o teto, permitindo ejetar o piloto em caso de perigo. As naves poderiam até ter controle remoto. Provavelmente essas duas ‘naves conceito’ apresentariam os problemas que serão mencionados a seguir.
Para Ralph René, o LM teria graves problemas de estabilidade e, ao tentar voar, acabaria se espatifando no solo. Ele escreveu o seguinte (traduzido):
Por suas atribuições, o LM seria o componente fundamental para as missões e deveria poder descer à Lua com diversas inclinações. Entretanto, os pequenos jatos laterais, os thrusters, não poderiam controlar a nave voando inclinada. O jato principal inferior exerceria uma força que poderia ser desmembrada em vertical e horizontal e o componente vertical provocaria um momento de força em relação ao centro de gravidade que ampliaria a inclinação, levando à total perda de controle da nave. Se houvesse um voo com avanço horizontal, isso seria feito pela força dos rudimentares thrusters e qualquer pequena inclinação do LM acabaria provocando o efeito descrito acima.
O LLRV tinha conceito e dimensões diferentes do LM, com um propulsor inferior que podia se manter na posição vertical, o que permitia o jato se manter alinhado com o centro de gravidade. Os thrusters são rudimentares, como pode ser visto em um vídeo que mostra alguns voos do LLRV em pequenas distâncias e quando Armstrong teve de ser ejetado.14
As naves voadoras que não voam
O ascent stage é pouco mencionado nas descrições das missões, como se a tecnologia usada em seu voo fosse conhecida. Entretanto, além dos problemas já mencionados, essa nave provavelmente não voaria de modo controlado, é insegura e nunca foi testada em levantar voo do solo, mesmo porque consta que usaria um combustível (o mesmo do foguete Titan II) que é potencialmente perigoso. O ascent stage deveria estar bem fixado na parte de baixo do LM e teria que se separar dos cabos usados para transmitir sinais eletroeletrônicos para a parte de baixo, mas nos vídeos ao levantar voo ele parece estar apenas apoiado. Além disso, ao ser acionado, o ascent stage lançaria um jato para baixo com calor intenso atingindo a parte inferior, que teria o tanque com o resto de combustível, o que seria perigoso. O vídeo com sua decolagem na Lua provavelmente foi feito por animação. Eis um comentário a respeito disso tudo:
A imagem acima mostra a posição dos dois astronautas no comando do LM. Podemos notar que els estariam manobrando a nave sem terem dispositivos de segurança para se manterem firmes. Em outro capítulo, nós citamos que o CM não tinha algo como um banheiro, mas não temos informações se o LM previa recolher os dejetos de 2 astronautas durante a estadia na Lua, sendo que algumas missões teriam ficado 3 dias na superfície da Lua, como informa a Wikipédia, Programa Apollo (em português).
Já vimos que os três tipos de motores do LM eram problemáticos, sendo esse o motivo de não terem feito testes de voo em solo terrestre. Diante disso e da grande quantidade de anomalias mostradas anteriormente, podemos admitir que nem o LM completo nem o seu ascent stage conseguiriam voar em uma distância razoável. Contrastando com isso, há relatos, inclusive de alguns países, narrando o envio de naves semelhantes, tendo executado missões não tripuladas espaciais com sucesso, mas não temos notícias de testes dessas naves em Terra. Algumas empresas particulares também anunciam projetos semelhantes. Segundo essas empresas e também segundo órgãos governamentais, além de grande parte dos meios de comunicação, as manobras impressionantes que as naves do Programa Apollo teriam realizado repetidas vezes durante as missões realmente aconteceram, enquanto segundo o que foi mencionado anteriormente essas naves praticamente não conseguiam voar. Então temos duas opiniões completamente diferentes.
Nesse impasse, não vamos propor debates intermináveis e sim relembrar que os antigos, ao ouvir rumores de voos dos primeiros aviões, queriam ver os voos em público. Não era quem tinha dúvidas que devia provar se as naves voavam ou não e sim seus construtores. Na internet há um artigo cujo título (traduzido) é: (Marcus Allen) afirma que ‘isso não é possível’ e desafia a NASA provar que as naves pousaram na Lua com os astronautas.16
Seria interessante que construíssem uma réplica do LM, respeitando a tecnologia da época (incluindo suas falhas), para ser testada publicamente, simulando os testes de voo que a NASA durante muito tempo quis fazer com essa nave (que provavelmente não voaria devido aos problemas citados). Depois de testar o LM (ou comprovar que não voa), seria testada a sua parte de cima, o ascent stage. Para reproduzir a nave dos anos 60 seriam necessárias mais pesquisas sobre os projetos, fabricação e desempenho do LM, pois fizemos uma pesquisa limitada e continuar pesquisando foge do nosso objetivo. Ao ser esclarecida a questão, terminam as tentativas de demonstrar os supostos voos através de animações, desenhos, gráficos, discursos, manipulações, etc.
William ‘Bill’ Charles Kaysing (1922–2005) foi o primeiro e o mais famoso autor a denunciar a fraude do Programa Apollo com o livro We Never Went to the Moon (Nós nunca Fomos à Lua) de 1976. O livro continua à venda até hoje (a apresentação mais tradicional é no formato de uma apostila, com a maioria dos textos em letras miúdas). Internamente o livro apresenta o nome de um coautor, que não tem nenhum texto do livro, nem é mencionado pelos leitores que comentam a obra. Entretanto, pode-se notar que um prefácio não foi escrito por Bill Kaysing, pois nele aparece o seguinte trecho (traduzido): “e eventualmente, se a teoria de Bill estiver correta...” e em seguida procura minimizar os gastos, citando gastos do governo em outras áreas suspeitas de fraudes.
Kaysing obteve o bacharelato em literatura inglesa em 1949. Em fev. 1956 ele começou a trabalhar na Rocketdyne, onde posteriormente os motores de foguete Saturno V foram projetados e construídos. Em sua carreira na Rocketdyne ele exerceu os seguintes cargos: redator técnico, analista de serviço, engenheiro de serviço, analista de publicações e, de 1956 a 1963, foi chefe de publicações técnicas. Em mai. 1963, ele renunciou por motivos pessoais. A Rocketdyne era uma divisão da NAA e de 1967 em diante da Rockwell International.
Depois de sair da empresa, Kaysing exerceu outras atividades, entre elas a de escritor, e o tema preferido dele se relacionava a viver próximo à natureza e se manter saudável. Ele mesmo mantinha o estilo de vida que pregava. Existem relatos sobre ele ter prestado ajuda a estranhos, mesmo com gastos consideráveis. Kaysing não tinha nenhuma religião. Segundo o depoimento da filha dele, ele tinha uma crença de que Deus está presente na Natureza, ou seja, uma crença semelhante à de Espinoza, sendo, portanto, classificada como Religião Natural. Na Rocketdyne, como redator técnico, e depois como chefe de publicações, Kaysing foi responsável por interpretar dados técnicos sobre propelentes de foguetes líquidos em linguagem leiga, a fim de obter financiamento do governo para mais pesquisas. Segundo a biografia dele, testes reais de motores de foguete foram realizados regularmente em Santa Susanna, e ficaram desconhecidos por muitos anos. Houve testes que resultaram em explosões tóxicas tão perigosas quanto as de Chernobyl. Apenas recentemente uma ação coletiva de décadas referente aos graves efeitos causados na saúde foi resolvida.1
Por conhecer na prática, Kaysing estava ‘mais por dentro’ do que qualquer especialista teórico sobre os resultados dos testes com foguetes encomendados pela NASA no período que foram feitas as definições das naves e componentes do Programa Apollo. Ele testemunhou muitos mais testes fracassados do que se poderia imaginar. Quando foi anunciado o êxito da missão Apollo 11 em 1969 ele duvidou disso, talvez devido a tudo que havia testemunhado anteriormente. Kaysing mencionou que isso poderia parecer estranho, pois normalmente ele poderia se sentir orgulhoso de ter alguma participação no Projeto. Para reforçar a tese da existência de fraude, ele citou no livro algumas mentiras divulgadas pelo governo naqueles anos.
Kaysing descobriu que os astronautas (que ele chamava de astronots) durante a suposta ida à Lua ficaram em um local reservado, na região de Las Vegas. Houve um aumento da área de teste utilizada secretamente no deserto de Nevada. Após decidirem efetivar a simulação, a NASA e o Departamento de Defesa agiram. Foi criada uma sigla para um grupo secreto: ASP (Apollo Simulation Project), com um plano de trabalho que Kaysing detalhou no livro e ainda citou exemplos de outros grupos secretos criados anteriormente pelo governo após a segunda guerra mundial. Segundo Kaysing, em 1961 a ASP já existia, sendo controlada por um órgão do governo, a Defense Intelligence Agency (DIA), que foi habilmente planejado para ‘ajudar’ a NASA com seus problemas técnicos, estabelecendo uma missão lunar totalmente simulada. O projeto Apollo era uma missão militar para determinar a viabilidade de usar a Lua como uma base militar de operações contra potências estrangeiras. O orçamento da DIA era enorme: estimativas variam de quatro a sete bilhões de dólares, contra mais de 30 bilhões para o Programa Apollo visível.2
Segundo Kaysing, a ASP se localizava nas proximidades de Mercury, no deserto de Nevada. Ele detalhou como eram ocupadas as áreas próximas e como foi implantado tudo isso de modo secreto. Eis um trecho do livro (traduzido):
Segundo Kaysing, o foguete Saturno V foi modificado para carregar menos peso, sendo eliminados até os módulos que seriam usados pelos astronautas. O sistema de escape de emergência foi mantido, pois em caso de qualquer falha poderia ser simulado um salvamento dos astronautas. Para o povo, a subida do enorme foguete Saturno V seria a prova de que houve a viagem à Lua. Os três estavam aguardando, em uma secreta ilha ao sul do Havaí, a hora de aparecerem fantasiados de astronautas para simularem o resgate da cápsula no mar.
No vídeo Conspiracy Theory: Did We Land on the Moon? Kaysing apresentou outra versão sobre como a simulação foi realizada. Ele disse que uma cápsula espacial com os três astronautas foi lançada pelo foguete Saturno V em uma órbita terrestre e eles permaneceram nela até retornarem para serem resgatados como se estivessem retornando da Lua. Talvez ele tenha resolvido mudar um pouco sua versão devido às possíveis pressões que recebeu. Isso pode ter alguma semelhança com a mudança de conduta de Jean-Jacques Rousseau sobre sua religião, após ele publicar o livro Emílio em 1762:
Na parte final do livro Kaysing apresentou cópias de textos recebidos por ele de vários locais que deveriam manter cópias do relatório Baron, de autoria de Thomas Baron, que morreu em 1967 em um estranho acidente. O relatório descrevia irregularidades do Programa Apollo e Kaysing descobriu que não existia mais nenhuma cópia nem o original do documento.
A religiosidade envolvida: a Torre de Babel e a Bíblia
Bill Kaysing encontrou semelhanças do Programa Apollo com a construção das pirâmides, por seus gastos absurdos. O Programa Apollo também tem semelhança com o episódio da Torre de Babel, do Livro do Gênesis da Bíblia. A obra estava sendo construída com o objetivo de chegar perto do céu e não tinha erros até uma certa altura. Os construtores passaram a falar línguas diferentes e depois disso a construção se desorganizou completamente. O Programa Apollo foi realizado com objetivo de atingir a Lua, que simbolicamente representa algo como o atingir o céu. Ambos são considerados os maiores feitos da engenharia de suas épocas. O Programa chegou a ter a participação de 400.000 pessoas empregadas e necessitou do suporte de 20.000 firmas industriais e universidades. De modo semelhante ao caso da torre, foi principalmente ao juntar tudo que se notou a existência de problemas insolúveis. Provavelmente alguns envolvidos ficaram perplexos diante da complexidade do voo à Lua e chegaram à conclusão de que o Programa não seria possível do modo planejado.
No dia 24 dez. 1968, durante a missão da Apollo 8, os supostos três astronautas leram trechos do primeiro capítulo da Bíblia, o Livro do Gênesis. Posteriormente, pessoas que não seguem essas crenças entraram com um processo na justiça contra o governo, porque isso contraria a constituição, mas sem obter sucesso. Já o suposto astronauta Aldrin, depois de muitos anos afirmando (sem colocar a mão sobre a Bíblia) que foi mesmo à Lua, relatou que, estando lá e sendo cristão, retirou, de um estojo que carregava, os elementos para uma ‘ceia do Senhor’ e comungou. Ele disse não ter mencionado antes para evitar qualquer processo como o da Apollo 8.
Mais indícios de fraude
John Noble Wilford, em 18 dez. 1969, como repórter de ciência do New York Times, mesmo acreditando na versão oficial da NASA, publicou o artigo A Moon Landing? What Moon Landing? mencionando a existência de rumores sobre o local onde a farsa foi filmada e fotografada. Eis um trecho do artigo (traduzido): “...alguns frequentadores de bares de Chicago estão chamando a atenção por seus comentários de que a caminhada lunar da Apollo 11 em julho passado foi na verdade encenada por Hollywood em um local no deserto de Nevada”. Podemos observar que essa é a mesma versão dos fatos citada por Kaysing inicialmente e, portanto, não foi inventada por ele.
Os defensores da tese que houve fraude
Há um grande número de defensores da tese que houve fraude, mas a seguir vamos citar apenas alguns.
Ralph René (1933–2008) foi um pesquisador e autor de livros denunciando a fraude do Programa Apollo Seu livro de 1992, NASA Mooned America! detalha como os pousos da Apollo na Lua foram falsificados e, na verdade, produzidos em um estúdio fechado, apresentando muitas evidências.
Bart Sibrel, como é conhecido Bartholomew Winfield Sibrel, nasceu em 1964 e é um diretor de cinema e jornalista dos EUA que acredita que nenhum astronauta foi à Lua. Ele procurou diversos dos supostos astronautas e tentou com insistência que eles admitissem que nunca estiveram na Lua, sem ter êxito, mas com reações às vezes surpreendentes. Os documentários sobre a fraude realizados por Sibrel são os seguintes: A Funny Thing Happened on the Way to the Moon (Algo engraçado aconteceu na viagem à Lua), de 2001; Astronauts gone wild (Os astronautas se tornam loucos), de 2004; Apollo 11 Monkey Business (As gracinhas da Apollo 11), de 2004.
David S. Percy escreveu, junto com Mary Bennett, o livro Dark Moon: Apollo and the Whistle-Blowers. mostrando inúmeras irregularidades. Percy mantêm o site www.aulis.com que contesta o Programa Apollo e também dirigiu o vídeo What Happened On the Moon? An investigation into Apollo também questionando.
Dois vídeos sobre a fraude
O documentário da Fox, de 2001,Conspiracy Theory: Did We Land on the Moon? (Teoria da Conspiração: Nós aterrissamos na Lua?) foi o que teve mais repercussão, pois, além de mostrar anomalias do Programa Apollo, teve importantes depoimentos de alguns pesquisadores sobre o tema, contestando a ida de homens à Lua. Dark Side of the Moon do diretor francês William Karel é um ‘mockumentary’ (uma sátira), que originalmente foi ao ar em 2002 com o título Opération Lune. O tema gira em torno da farsa do Programa Apollo e teve alguma repercussão.
Os soviéticos e o Programa Apollo
O artigo do australiano Jarrah White: Adam Ruins His Credibility: Putting the Record Straight, publicado no site www.aulis.com em 2017 e também em vídeo com mesmo título no YouTube, começa com uma crítica a um comediante do YouTube que procurou menosprezar as acusações de fraude no Programa Apollo.
No capítulo: 2.2 ‘Independent' tracking of radio signals, Jarrah descreve como os sinais de rádio recebidos em alguns países durante os supostos voos à Lua, na verdade não eram independentes, ao contrário do que se acredita. Ainda nesse capítulo, há uma descrição de como, em 1968, os soviéticos levaram autoridades externas a acreditarem que enviaram com sucesso astronautas para um voo em uma órbita ao redor da Lua e depois retornaram. Na verdade, eles apenas colocaram uma gravação dentro da nave Zond 5, que efetuou o voo como descrito acima e mandava mensagens faladas como se tivesse algumas pessoas dentro, mas estava sem tripulação.
No capítulo: 2.3 Russian Rivals, Jarrah descreve que em 1963, o Presidente da Academia Soviética de Ciências, Mstislav Keldysh, declarou que eles adiaram por tempo indeterminado a ida de homens à Lua até encontrarem um meio de proteger a tripulação contra as radiações solares, além de mencionar a enorme dificuldade para conseguir que os astronautas retornassem à Terra. Depois, Jarrah descreve como, de 1963 a 1972, os EUA começaram a enviar produtos industriais e agrícolas à URSS. Jarrah cita o livro de 1975 The Great Grain Robbery, de James Trager, que descreve o envio de cereais dos EUA para a URSS em 1972 e suas implicações nos anos seguintes (os EUA enviaram à URSS com preços subsidiados e isso causou uma elevação das cotações desses cereais nas bolsas). Na capa do livro está escrito (traduzido):
No capítulo: 3 Tangible evidence? What tangible evidence? Jarrah menciona que a existência de retrorrefletor deixado na Lua supostamente por astronautas não prova nada porque os soviéticos também deixaram os seus na Lua através de naves não tripuladas. Depois o artigo ainda esclarece algumas outras questões sobre a farsa da ida à Lua.
Mais questionamentos
Von Braun escreveu antes da missão Apollo 11: “As vidas da tripulação (do ascent stage) dependem de um rendez-vous com a nave-mãe de reentrada (SM + CM)”.5
O raciocínio de von Braun está incompleto, pois a tripulação do LM dependeriam também de diversas outras manobras arriscadas, conforme a descrição da missão feita anteriormente. Somente na década de 90 foi criada a nave Delta Clipper, com 4 propulsores verticais na parte de baixo e bem distanciados entre si, para evitar a falha do LM. Essa nave também não foi bem nos testes e não teve continuidade. Um texto da internet menciona que alguns dos melhores cientistas de foguetes alertaram o presidente Lyndon Johnson que a ciência estava 30 anos longe de poder realizar tal missão. O texto a seguir é sobre o envolvimento do presidente Nixon: